- E você, foi àquela rua, àquela casa? - perguntei.
- Sim - respondeu.
- Um dia, fui à Rua Cumnor. Não podia deixar de fazê-lo. Vivia torturado pela dúvida. Bati à porta e uma mulher de aspecto respeitável abriu-a para mim. Perguntei-lhe se havia quartos para alugar.
«Bem, meu senhor - respondeu ela - as salas podem ser alugadas, mas há três meses que não tenho visto a senhora e como os alugueres estão-se a acumular, o senhor poderá alugá-las».
«É esta a senhora?» - perguntei, mostrando-lhe a fotografia.
«É ela, sim, com toda certeza» - exclamou a mulher. - «E quando estará de volta, meu senhor?»
«Morreu» - respondi.
«Oh! meu senhor, não diga!» - disse a mulher. - «Era a minha melhor inquilina. Pagava-me três guinéus por semana simplesmente para vir sentar-se nesta minha sala de vez em quando».
«Encontrava-se com alguém aqui?» - perguntei, mas a mulher garantiu-me que tal não ocorria, que ela sempre vinha sozinha e não via ninguém.
«Mas afinal que fazia ela aqui?» - exclamei.