MADALENA
- Deixá-los vir.
JORGE
- Assim é: que remédio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre convento de S. Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado é ele; e, se não fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e príncipe secular… o mais, paciência. Pior é o vosso caso…
MADALENA
- O meu?!
JORGE
- O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores, e aqui está o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa, dizem que querem vir para esta casa e pôr aqui aposentadoria.
MARIA
(com vivacidade)
- Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro: o terço de meu pai tem mais de seiscentos homens e defendemo-nos. Pois não é uma tirania?… E há-de ser bonito!… Tomara eu ver