Frei Luís de Sousa - Cap. 1: Acto Primeiro Pág. 29 / 122

MADALENA

- Deixá-los vir.

JORGE

- Assim é: que remédio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre convento de S. Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado é ele; e, se não fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e príncipe secular… o mais, paciência. Pior é o vosso caso…

MADALENA

- O meu?!

JORGE

- O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores, e aqui está o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa, dizem que querem vir para esta casa e pôr aqui aposentadoria.

MARIA

(com vivacidade)

- Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro: o terço de meu pai tem mais de seiscentos homens e defendemo-nos. Pois não é uma tirania?… E há-de ser bonito!… Tomara eu ver





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