Gustave Flaubert nasceu em 12 de Dezembro de 1821 em Rouen, França. O seu talento literário manifestou-se desde cedo quando, aos 8 anos, já escrevia textos que evidenciavam talento.
Estuda no Colégio Real, onde faz amigos para a vida inteira, tais como Louis Boulhiet (1829-1869), poeta; Maxime Du Camp (1822-1894), futuro editor e jornalista, e Alfred Le Poittevin, morto prematuramente. Interessado em literatura, dirige o semanário escolar, “Arte e Progresso”.
Aos 15 anos, interessa-se por teatro, e compôs um drama em 5 atos, em prosa, “Luís XI”. Em 1837, escreve seu primeiro romance, “Rêve d'enfer”, uma obra ainda imatura e juvenil, mas que já vislumbra os traços que caracterizariam suas futuras heroínas.
Em 1846, Flaubert conhece Louise Collet, separada do marido e mãe de uma jovem de 16 anos, amante do filósofo Vitor Cousin, e inicia um romance.
Flaubert rompe com Louise em 1848 e, mergulhado na literatura, não percebe as transformações da França, tais como a revolução desse mesmo ano, que derruba o Rei Luís Filipe e entrega o poder a Napoleão III, proclamado imperador em 1852.
Em 1856 publica «Madame Bovary»; em 1862, «Salambô»; em 1869, «A Educação Sentimental»; em 1874, «A Tentação de Santo António».
Pouco antes de sua morte, vende suas propriedades para evitar a falência do marido de sua sobrinha, e passa a viver de um salário como conservador da Biblioteca Mazarine.
Seus últimos anos são marcados por dificuldades financeiras. Morre subitamente, em Croisset, provavelmente de AVC, e é sepultado no Cemitério Monumental de Rouen, na presença daqueles que o reconheciam como seu mestre: Émile Zola, Alphonse Daudet, Edmond de Goncourt, Théodore de Banville e Guy de Maupassant.
Flaubert foi um dos mestres do Realismo, movimento estético de reação ao Romantismo europeu no século XIX, influenciado pelas teorias científicas, a Revolução Industrial e a linha filosófica de Augusto Comte. Flaubert marcou a literatura francesa pela profundidade da análise psicológica que extraía das suas personagens. O cuidado na sintaxe, na escolha do vocabulário e na estrutura da narrativa são caraterísticas de Gustave Flaubert e que influenciaram muitos outros escritores.