Sherlock Holmes escutara com a maior atenção o relato do desgraçado reitor. As suas sobrancelhas franzidas e as rugas na sua testa revelavam-me que não era preciso exortá-lo a concentrar toda a sua atenção num problema que, independentemente dos enormes interesses em jogo, tão atractivo seria para o seu gosto pelo que é complexo e invulgar. Puxou do seu bloco de notas e fez um ou dois apontamentos.
- Fez muito mal em não ter vindo ter comigo antes - disse num tom severo. - Isso faz que eu inicie as minhas investigações com uma séria desvantagem. É inconcebível, por exemplo, que a trepadeira e o relvado não tivessem fornecido alguns indícios a um observador experiente.
- A culpa não foi minha, Sr. Holmes. Sua Senhoria mostrou o firme desejo de evitar qualquer escândalo público. Receava que a sua infelicidade familiar fosse exposta ao mundo. Tem um profundo horror a esse tipo de coisa.
- Mas houve alguma investigação oficial?
- Houve, Sr. Holmes, e provou-se extremamente decepcionante. Foi imediatamente obtida uma pista aparente, pois um rapaz e um homem foram vistos a partir de uma estação próxima num dos primeiros comboios da manhã.