O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 11: A Aventura do Avançado Desaparecido Pág. 299 / 363

E, caramba, cá está a carruagem a voltar aquela esquina. Rápido; Watson... rápido, senão estamos perdidos!

Saltou por cima de um portão para um campo, arrastando o relutante Pompey atrás de si. Mal nos tínhamos conseguido esconder atrás de uma sebe, quando a carruagem passou por nós na estrada.

Vi de relance o Dr. Armstrong lá dentro, com os ombros curvados e a cabeça escondida nas mãos, a própria imagem da angústia. Vi pela expressão séria do meu companheiro que ele também o vira.

- Receio bem que as nossas buscas tenham um desfecho sombrio - disse ele. - Não tarda que saibamos. Vamos, Pompey - Ah, é aquela casa no meio do campo!

Não havia dúvida de que tínhamos chegado ao fim das nossas buscas, Pompey andava a correr às voltas, a ganir excitadamente ao portão onde ainda se viam as marcas das rodas da carruagem. Havia um carreiro até à porta da casa isolada. Holmes prendeu o cão à sebe e dirigimo-nos apressadamente para a casa. O meu amigo bateu à pequena porta rústica e voltou a bater, sem que alguém a fosse abrir. E, no entanto, a casa não estava deserta, pois chegou-nos aos ouvidos um som abafado - uma espécie de lamento de tristeza e desespero que era indescritivelmente melancólico. Holmes ficou parado, indeciso; depois olhou para a estrada por onde tínhamos vindo. Aproximava-se uma carruagem e os seus cavalos cinzentos eram inconfundíveis.

- Caramba! O médico está de volta! - exclamou Holmes. - Isso resolve a questão. Temos de saber o que se passa antes de ele chegar.

Abriu a porta e entrámos para o hall de entrada. O lamento ouviu-se mais claramente, transformando-se depois num queixume de dor. Vinha do andar de cima. Holmes correu pelas escadas e eu segui-o.





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