Maria Moisés - Cap. 3: Capítulo 3 Pág. 85 / 86

– Já não sou sua ama, tio Francisco; mas sou sempre a sua amiguinha – e abraçou o ancião, que sacudiu a cabeça porque o importunavam os soluços.

Chegara o berço. O general parecia examiná-lo atentamente; Maria Moisés sorria-se ao reparo do fidalgo, e dizia:

– Está já muito velho o meu berço; quando olho para ele é que eu conheço que já tenho muitos anos.

– Esteve este berço nas mãos de sua mãe... – disse António de Queirós.

– Talvez – observou ela – mas quem sabe? Pode ser que nem ela me visse... Custa crer que minha mãe, com suas próprias mãos, me entregasse à corrente de um rio...

 

 

Estava lavrada a escritura.

O desembargador Gonçalves Penha contou dez mil cruzados em soberanos sobre a mesa onde o tabelião escrevera.

– Aqui está a quantia estipulada – disse Queirós. – A renda desta quinta continua o Sr. Francisco Bragadas a pagá-la à mãe carinhosa dos enjeitados.





Os capítulos deste livro