– Devo a vida a este homem... Foi ele quem...
– Está bom, está bom – atalhou Bragadas, limpando as lágrimas com a manga da jaqueta.
– Foi ele quem a encontrou no rio... – acrescentou o general.
– É verdade.
– Num berço de vime – ajuntou António de Queirós.
– Que eu ainda conservo – disse ela sorrindo – porque é a herança de meus pais; pelo menos, é possível que minha mãe tivesse aquela canastrinha na mão...
– Parece incrível que o naviozinho não fosse a pique! – disse o desembargador.
– É muito bem tecido – explicou ela. – Eu já fiz experiências no Tâmega com os meus enjeitados, e não foram ao fundo pondo-os eu à flor da água dentro do meu berço. Se V. Ex.ªs querem vê-lo?
– Estimava – disse o general.
– Vai buscá-lo, Joaquina.
– Chegue-se cá, sôr Bragadas – disse o general – você é meu caseiro e há-de dar-se bem comigo, esteja certo disso.
– Olhe, senhor, o que eu queria era ficar perto da minha ama – disse o velho.