«Mal ouviu isto, mal soube que não alcançaria obter mais vítimas, não se conteve mais. Lança-se sobre dois dos meus companheiros, agarra-os e esmaga-os violentamente contra as rochas da caverna. Ficou o solo cheio de sangue. Corta-os depois em bocados, prepara-os para a ceia, e devora-os com gula. Tão horrível espectáculo fez-nos até esquecer a prudência necessária: -largámos a chorar e a soluçar, levantámos as mãos ao Céu, gritámos de aflição. Mas o monstro nem nos olhava. Pensei em lutar com ele, em atravessá-lo com a minha espada. Bom foi que o não fizesse, porque então nem um só escapava... Farto e sonolento, o ciclope adormeceu. Nós nem podíamos dormir. Esperámos o nascer do sol entre angústias insuportáveis. De manhã, o monstro acordou e devorou mais dois dos nossos. E, satisfeito, partiu para o campo com os seus rebanhos, e tapou outra vez a entrada da caverna com o rochedo enorme da véspera...
«Fiquei, pois, fechado no antro, junto dos pobres companheiros que ainda me restavam, a meditar na