Os Lusíadas - Cap. 8: CANTO VIII Pág. 405 / 559

45 - ( Os arúspices do Samorim contra os portugueses )
Entretanto os Arúspices famosos
Na falsa opinião, que em sacrifícios
Antevêem sempre os casos duvidosos,
Por sinais diabólicos e indícios,
Mandados do Rei próprio, estudiosos
Exercitavam a arte e seus ofícios
Sobre esta vinda desta gente estranha,
Que às suas terras vem da ignota Espanha.

 

46 - ( Vaticínios )
Sinal lhe mostra o Demo verdadeiro,
De como a nova gente lhe seria
Jugo perpétuo, eterno cativeiro,
Destruição de gente, e de valia.
Vai-se espantado o atónito agoureiro
Dizer ao Rei (segundo o que entendia)
Os sinais temerosos que alcançara
Nas entranhas das vítimas que olhara.

 





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