Falar Verdade a Mentir - Cap. 1: FALAR VERDADE A MENTIR Pág. 47 / 57

.. que está para ser.

GENERAL - Bondades! eu não sei... decerto não tem nada que me agradecer... mas é sua culpa. Eu ignorava absolutamente...

BRÁS FERREIRA - O quê, general?

GENERAL - Que Duarte estivesse em Lisboa.

BRÁS FERREIRA - Que me diz, senhor? Há três meses.

GENERAL - Ainda o não vi uma só vez. Antes de ontem recebi eu uma carta do seu pai, que me pareceu um enigma: queixa-se de que o filho não tenha ainda obtido a recebedoria de Santarém que tanta conta lhe fazia... Mas que diacho! quem quer alguma coisa, pede-a. Eu não podia adivinhar, e vinha aqui de propósito ralhar com ele.

BRÁS FERREIRA - Ralhar, tenho eu que ralhar com o tal menino por outras muito piores. Mas como é isto, senhor? Pois Duarte não vai habitualmente a sua casa?

GENERAL - Não senhor.

BRÁS FERREIRA - Não digo em Lisboa, mas à sua quinta? General - A minha quinta? É coisa que não tenho.





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