Frei Luís de Sousa - Cap. 1: Acto Primeiro Pág. 26 / 122

não sou… Oh! porque não havia de eu ter um irmão que fosse um galhardo e valente mancebo capaz de comandar os terços de meu pai, de pegar numa lança daquelas com que os nossos avós corriam a Índia, levando adiante de si turcos e gentios! um belo moço que fosse o retrato daquele gentil cavaleiro de Malta que ali está (apontando para o retrato). Como ele era bonito, meu pai! Como lhe ficava bem o preto… e aquela cruz tão alva em cima! Para que deixou ele o hábito, minha mãe, porque não ficou naquela santa religião, a vogar em suas nobres galeras por esses mares, e a afugentar os infiéis diante da bandeira da Cruz?

MADALENA

- Oh, filha, filha!… (mortificada) porque não foi vontade de Deus, tinha de ser doutro modo. Tomara eu agora que ele chegasse de Lisboa! Com efeito é muito tardar… Valha-me





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