JORGE
- É perfeição verdadeira; é a do Evangelho: «Deixa tudo e segue-me».
MADALENA
- Vivos ambos… sem ofensa um do outro, querendo-se, estimando-se… e separar-se cada um para sua cova! Verem-se com a mortalha já vestida e… vivos, sãos… depois de tantos anos de amor… e convivência… condenarem-se a morrer longe um do outro, sós, sós! E quem sabe se nessa tremenda hora… arrependidos!…
JORGE
- Não o permitirá Deus assim… oh, não. Que horrível coisa seria!
MANUEL
- Não permite, não. Mas não pensemos mais neles: estão intregues a Deus… (Pausa.) E que temos nós com isso? A nossa situação é tão diferente… (Pausa.) Em todas nos pode ele abençoar. Adeus, Madalena, adeus! Até logo. Maria já lá vai no cais a esta hora… Adeus! Jorge, não a deixes.