- Pois quê! - exclamou ele, - é assim violenta e atropeladamente que se fazem estas coisas! porventura não posso obter alguma moratória, e salvar minha honra e meus bens por outro qualquer meio?...
- Seus credores já usaram para com o senhor de todas as condescendências e contemporizações possíveis. Saiba ainda demais, que hoje sou eu o principal, se não o único credor seu; pertencem-me, e estão em minhas mãos quase todos os seus títulos de dívida, e eu não estou de ânimo a admitir transações nem protelações de natureza alguma. Dar seus bens a inventário eis o que lhe cumpre fazer; toda e qualquer evasiva que tentar será inútil.
- Maldição! - bradou Leôncio, batendo com o pé no chão e arrancando os cabelos.
- Meu Deus!... meu Deus!... que desgraça!... e que... vergonha!... exclamou Malvina, soluçando.