Laura, contorcendo-se como se fosse de espinhos a cadeira em que estava, não tinha ainda balbuciado um monossílabo; mas a urgente pergunta, duas vezes repetida, do dominó, obrigou-a a responder afirmativamente com um gesto.
- “Pois bem, Laura, conversemos amigavelmente.”
Um dos indivíduos, que estava presente, e ouvira pronunciar Laura, perguntou à mulher que assim era chamada:
- “Elisa, ela chama-te Laura?”
- “Não, meu pai...” - respondeu Elisa, titubeando.
- “Chamo Laura, chamo... e que tem lá isso, Sr. Visconde?” - atalhou a incógnita, com afabilidade, erguendo o falsete para ser bem ouvida. - “É um nome de Carnaval, que passa com os dominós. Quarta-feira de cinza torna a filha de V. Exa. a chamar-se Elisa.”
O visconde sorriu-se, e o dominó continuou, abaixando a voz, e falando naturalmente: