À Memória do Presidente-rei Sidónio Pais - Cap. 1: Capítulo 1 Pág. 8 / 15

Rei-nato, a sua realeza,

Por não podel-a herdar dos seus

Avós, com mystica inteireza

A herdou de Deus;

* * *

E, por directa consonância

Com a divina intervenção,

Uma hora ergueu-nos alta a ansia

De salvação

* * *

Toldou-o a Sorte que o trouxera

Outra vez com nocturno véu.

Deus p’ra que nol-o deu, se era

P’ra o tornar seu?

* * *

Ah, tenhamos mais fé que a esp’rança!

Mais vivo que nós somos, fita

Do Abysmo onde não há mudança

A terra afflicta.

* * *

E se assim é; se, desde o Assombro

Aonde a Morte as vidas leva,

Vê esta pátria, escombro a escombro,

Cahir na treva;





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