Farsa de Inês Pereira

Capa do livro Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente

  • Título: Farsa de Inês Pereira
  • Título original: Farsa de Inês Pereira
  • Autor:
  • Ano de Edição: 1523
  • Páginas: 42
  • Sinopse:
    Entre o «asno» e o «cavalo» do mote inicial oscilará Inês Pereira, a personagem principal, jovem casadoira mas exigente. O «asno» é Pêro Marques, o seu primeiro pretendente, que lhe é trazido por Lianor da Vaz, alcoviteira típica do tempo. Pêro Marques, lavrador inculto que nunca viu sequer uma cadeira, personifica a rusticitas, que porque se opõe diametralmente à urbanitas cortês, à referida cultura assente em convenções comportamentais, não deixa de provocar o riso, assim funcionando como mecanismo subliminar do auto-elogio da Corte. Inês Pereira recusa-o, pois pretende antes alguém que demonstre alguma urbanidade, alguém que, à boa maneira da Corte, saiba combater, fazer versos, cantar e dançar, alguém como Brás da Mata, o segundo pretendente, que lhe é trazido pelos Judeus Casamenteiros, um pouco menos sinceros e bem-intencionados do que Lianor Vaz.

    As farsas são diametralmente opostas às «moralidades» e baseiam-se em temas da vida quotidiana, tendo um enredo cómico e profano.

  • Curiosidades:
    Foi representada pela primeira vez a João III de Portugal no Convento de Cristo, em Tomar, em 1523.
  • Excerto:
    «Logo eu adivinhei, lá na missa onde eu estava, como a minha Ines lavrava, a tarefa que lh’eu dei. Acaba esse travesseiro! Hui! Nasceu-te algum unheiro? Ou cuidas que he dia sancto? »
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