Odisseia - Cap. 5: Nausica Pág. 30 / 129

Puderam então estes interrogá-lo à vontade, indagar tudo quanto dizia respeito ao estrangeiro desconhecido, que tão súbita e imprevistamente surgira no meio da festa.

Conta Ulisses a sua história. A estada em Ogígia, a partida na frágil jangada, o temporal que o assaltara, a luta com as ondas, o sono reparador na floresta espessa e acolhedora, o encontro feliz com Nausica, a bondade que a princesa lhe manifestara, e a saudade imensa de Penélope, de Telémaco, da boa terra de Ítaca, a sua Pátria, que o pungia constantemente.

Comoveram-se ao escutá-lo o rei e a rainha.

E prometeram a Ulisses barco, tripulação e mantimentos para que ele pudesse regressar, tranquilo e confiado, ao país distante onde a esposa e o filho o esperam, ansiosamente...

A noite caía, nessa hora de esperança jubilosa, há muito não sentida pelo subtil Ulisses. Arete mandou preparar um leito confortável, coberto de púrpura fina, onde o Herói repousasse das suas fadigas e proezas.





Os capítulos deste livro