Falar Verdade a Mentir - Cap. 1: FALAR VERDADE A MENTIR Pág. 22 / 57

.. ficam de uma sensaboria tal...

AMÁLIA, com ironia - Que não pode resistir ao desejo de as enfeitar, e de mostrar a riqueza da sua imaginação.

DUARTE - Não torno mais. Juro-lhe que nunca mais.

AMÁLIA - Cale-se, que pode ouvir meu pai.

DUARTE - Não me importa, não tenho medo: estou emendado e para sempre. Amália, prometo, hei de ser o modelo dos maridos, leal, sincero, verdadeiro, sempre...

AMÁLIA - Sempre! se o meu pai ouvisse essa palavra, desfazia logo o nosso casamento.

DUARTE - Amália, isso também é de mais!...

BRÁS FERREIRA, chegando com um papel - Não tenho dinheiro que chegue. E eu sem me lembrar! Duarte, hás de me fazer um favor.

DUARTE - Qual? Estou pronto.

BRÁS FERREIRA - Uma letra de três contos de réis para descontar.

DUARTE - Em bem má ocasião, com a fortuna! não tenho um pinto.





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