BRÁS FERREIRA - Não tens!... e aquele dinheiro?
DUARTE - Qual dinheiro? Brás Ferreira - O da tua casa.
DUARTE - Da minha casa?... Ah sim, é verdade. É que atualmente...
BRÁS FERREIRA - Já dispuseste dele?
DUARTE - Não, não, isto é, de certo modo já; mas propriamente...
AMÁLIA, baixo a Duarte - Vê o que é mentir.
DUARTE - Em suma, porque lhe não hei de dizer francamente o que é, meu tio?... Eu tinha minhas dívidas...
AMÁLIA - Outra, Duarte?
DUARTE - Não, esta não; é verdade puríssima. Um rapaz não pode viver sem isso. Ora sucedeu, por uma coincidência esquisita, que o comprador da minha casa, o tal senhor José Marques...
BRÁS FERREIRA - Ainda agora disseste Tomás...
DUARTE - Tomás José Marques, um lino agiota de gema...
BRÁS FERREIRA - Tinhas-me dito um negociante.