Depois de ter restabelecido sua fortuna, o mar quês morreu exausto de fadiga. Alguns meses depois da sua morte, em 1833, a marquesa foi obrigada a levar Moina às águas dos Pireneus. A caprichosa criança quis ver a beleza daquelas montanhas. Voltou às águas, e no regresso passou-se esta horrível cena:
- Meu Deus! - disse Moina -, fizemos bem mal, minha mãe, em não ficar mais alguns dias nas montanhas! Estávamos lá bem melhor do que aqui. Ouviu os contínuos gemidos daquela maldita criança e a tagarelice dessa desgraçada mulher que fala, sem dúvida, um dialeto, porque não entendi uma só palavra do que dizia? Que gente nos deram por vizinhos! Esta noite foi uma das mais terríveis na minha vida.
- Não ouvi nada - respondeu a marquesa -; mas, minha querida filha, vou falar com a hospedeira e pedir-lhe o quarto contíguo; ali estaremos sós e não teremos barulho. Como você se sente hoje? Está cansada?
Dizendo essas últimas frases, a marquesa erguera-se para se aproximar do leito de Moina.