) Senhora, como quereis que vos fale, que quereis que vos diga? Não está tudo dito entre nós?
MADALENA
- Tudo! quem sabe? Eu parece-me que não. Olha, eu sei… mas não daríamos nós, com demasiada precipitação, uma fé tão cega, uma crença tão implícita a essas misteriosas palavras de um romeiro, um vagabundo… um homem enfim que ninguém conhece? Pois dize…
TELMO
(aparte a Jorge)
- Tenho que vos dizer, ouvi. (Conversam ambos à parte.)
MANUEL
- Oh! Madalena, Madalena! não tenho mais nada que te dizer. Crê-me, que to juro na presença de Deus: a nossa união, o nosso amor é impossível.
JORGE
(continuando a conversação com Telmo, e levantando a voz com aspereza)
- É impossível, já’gora… e sempre o devia ser!
MADALENA
(virando-se para Jorge)
- Também tu, Jorge!
JORGE
(virando-se para ela)
- Eu falava com Telmo, minha irmã.