Frei Luís de Sousa - Cap. 1: Acto Primeiro Pág. 42 / 122

Mas fique-se aprendendo em Portugal como um homem de honra e coração, por mais poderosa que seja a tirania, sempre lhe pode resistir, em perdendo o amor a coisas tão vis e precárias como são esses haveres que duas faíscas destroem num momento… como é esta vida miserável que um sopro pode apagar em menos tempo ainda! (Arrebata duas tochas das mãos dos criados, corre à porta da esquerda, atira com uma para dentro; e vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira a outra tocha, e sucede o mesmo. Ouve-se alarido de fora.)

CENA XII

MANUEL DE SOUSA e criados; MADALENA, MARIA, JORGE e TELMO, acudindo

MADALENA

- Que fazes? que fizeste? Que é isto, oh meu Deus!

MANUEL

(tranquilamente)

- Ilumino a minha casa para receber os muito poderosos e excelentes senhores governadores destes reinos.





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