Uma senhora aquela… pobre menina!
MADALENA
(com as lágrimas nos olhos)
- És muito amigo dela, Telmo?
TELMO
- Se sou! Um anjo como aquele… uma viveza, um espírito!… e então que coração!
MADALENA
- Filha da minha alma! (Pausa; mudando de tom). Mas olha, meu Telmo, torno a dizer-to: eu não sei como hei-de fazer para te dar conselhos. Conheci-te de tão criança, de quando casei a… a… a… primeira vez, costumei-me a olhar para ti com tal respeito - já então eras o que hoje és, o escudeiro valido, o familiar quase parente, o amigo velho e provado de teus amos…(4).
TELMO
(internecido)
- Não digais mais, senhora, não me lembreis de tudo o que eu era.
MADALENA
(quase ofendida)
- Porquê? Não és hoje o mesmo, ou mais ainda, se é possível? Quitaram-te alguma coisa da confiança, do respeito, do amor e carinho a que estava costumado o aio fiel de meu senhor D.