TELMO
(aparte)
- Terá…
MADALENA
- O amigo e camarada antigo de seu pai?
TELMO
- Não, minha senhora, não, por certo.
MADALENA
- Então?…
TELMO
- Nada. Continuai, dizei, minha senhora.
MADALENA
Pois está bem. Digo que mal sei dar-vos conselhos, e não queria dar-vos ordens… Mas, meu amigo, tu tomaste - e com muito gosto meu e de seu pai - um ascendente no espírito de Maria… tal que não ouve, não crê, não sabe senão o que lhe dizes. Quase que és tu a sua dona, a sua aia de criação. Parece-me… eu sei… não fales com ela desse modo, nessas coisas.
TELMO
- O quê? No que me disse o inglês sobre a Sagrada Escritura, que eles lá têm em sua língua, e que?…
MADALENA
- Sim… nisso decerto… e em tantas outras coisas tão altas, tão fora de sua idade, e muitas de seu sexo também, que aquela criança está sempre a querer saber, a perguntar.