(Leva-o diante de três retratos que estão no fundo; e apontando para o de D. João). De quem é este retrato aqui, Telmo?
TELMO
(olha, e vira a cara de repente)
- Esse é… há-de ser… é um da família destes senhores da casa de Vimioso, que aqui estão tantos.
MARIA
(ameaçando-o com o dedo)
- Tu não dizes a verdade, Telmo.
TELMO
(quase ofendido)
- Eu nunca menti, senhora D. Maria de Noronha.
MARIA
- Mas não diz a verdade toda o senhor Telmo Pais, que é quási o mesmo.
TELMO
- O mesmo!… Disse-vos o que sei, e o que é verdade; é um cavaleiro da família de meu outro amo, que Deus… que Deus tenha em bom lugar.
MARIA
- E não tem nome o cavaleiro?
TELMO
(Imbaraçado)
- Há-de ter; mas eu é que…
MARIA
(como quem lhe vai tapar a boca)
- Agora é que tu ias mentir de todo… Cala-te.