JORGE
- Ora pois, mana, ora pois… Louvado seja Ele por tudo. E haja alegria! Que era sermos desagradecidos para com o Senhor, que nos valeu, mostrar-se hoje alguém triste nesta casa.
MADALENA
(fazendo por se alegrar)
- Triste porquê? As tristezas acabaram. (Para Manuel de Sousa.) Tu ficas aqui já de vez, não me deixas mais, não sais de ao pé de mim? Agora, olha, estes primeiros dias, ao menos, hás-de me aturar, hás-de me fazer companhia. Preciso muito, querido.
MANUEL
- Pois sim, Madalena, sim; farei quanto quiseres.
MADALENA
- É que eu estou boa… boa de todo, mas tenho uma…
MANUEL
- Uma imaginação que te atormenta. Havemos de castigá-la, ainda que não seja senão para dar exemplo a certa donzela que nos está ouvindo e que precisa… precisa muito.