O remorso pôde mais com ela que a selvajaria da sua virtude; mas ainda viveu seis anos com reveses de demência, e morreu em casa dos seus irmãos em Santa Maria de Covas de Barroso, repelindo o marido desde que lhe ouvira dizer: "A rapariga faz-me falta porque não tenho quem me governe a casa."
António de Queirós soube no Limoeiro, por carta do seu amigo da Temporã, que Josefa de Santo Aleixo se suicidara no mesmo dia em que ele conseguira enviar-lhe o aviso para a fuga. O informador, espantado do sucesso, atribuía à demência repentina a resolução da infeliz que ainda na manhã desse dia se mostrara contentíssima com a deliberação da fugida para a quinta do Enxertado.
O vigário de Santa Marinha também avisou Cristóvão Queirós do suicídio da rapariga. O fidalgo conferenciou com a regência, e o intendente-geral da polícia mandou passar alvará de soltura ao cadete de cavalaria.
– Vamos para a província, se não quer casar – disse Cristóvão ao filho.
– Nem caso nem vou para a província, meu pai – respondeu António de Queirós.
– Tornará para o Limoeiro.
– Irei já enquanto lá tenho a minha bagagem.
– Para onde quer ir?
– Para o Rio de Janeiro: seguirei lá a vida militar.