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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 40

O remorso pôde mais com ela que a selvajaria da sua virtude; mas ainda viveu seis anos com reveses de demência, e morreu em casa dos seus irmãos em Santa Maria de Covas de Barroso, repelindo o marido desde que lhe ouvira dizer: "A rapariga faz-me falta porque não tenho quem me governe a casa."

 

 

António de Queirós soube no Limoeiro, por carta do seu amigo da Temporã, que Josefa de Santo Aleixo se suicidara no mesmo dia em que ele conseguira enviar-lhe o aviso para a fuga. O informador, espantado do sucesso, atribuía à demência repentina a resolução da infeliz que ainda na manhã desse dia se mostrara contentíssima com a deliberação da fugida para a quinta do Enxertado.

O vigário de Santa Marinha também avisou Cristóvão Queirós do suicídio da rapariga. O fidalgo conferenciou com a regência, e o intendente-geral da polícia mandou passar alvará de soltura ao cadete de cavalaria.

– Vamos para a província, se não quer casar – disse Cristóvão ao filho.

– Nem caso nem vou para a província, meu pai – respondeu António de Queirós.

– Tornará para o Limoeiro.

– Irei já enquanto lá tenho a minha bagagem.

– Para onde quer ir?

– Para o Rio de Janeiro: seguirei lá a vida militar.

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Capa do livro Maria Moisés
Páginas: 86
Página atual: 40

 
   
 
   
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Capítulo 2 2
Capítulo 3 42