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Capítulo 1: O homem da multidão

Página 11
No entanto, sem hesitar na sua carreira, com louca energia, voltou imediatamente pelo mesmo caminho, em direcção ao coração da grande Londres. Correu depressa e por longo tempo, enquanto eu o seguia no maior espanto, resolvido a não abandonar a observação em que agora sentia um interesse completamente obsessivo. O Sol nasceu enquanto prosseguíamos o caminho e, quando uma vez mais chegávamos ao mais frequentado centro comercial da populosa cidade, a rua do Hotel D..., já ela apresentava um aspecto de agitação e actividade humanas pouco inferiores às que observara na tarde anterior. E ali, entre a confusão que aumentava a cada momento, continuei ainda a perseguição do estranho. Porém, como de costume, ele andava para trás e para a frente, e durante todo o dia não passou além do turbilhão dessa rua. E, ao caírem as sombras da segunda noite, principiei a sentir um cansaço mortal e, detendo-me mesmo em frente do velho errante, olhei-o intrepidamente no rosto. Longe de reparar em mim, ele prosseguiu o seu passeio solene, enquanto eu, abandonando a perseguição, permanecia imerso em meditações.

- Este velho - disse finalmente - é o tipo e o génio do crime profundo. Recusa-se a estar só. É o homem da multidão. Debalde continuaria a segui-lo, pois nada mais saberei dele ou dos seus actos. O pior coração do mundo é um livro mais repelente que o Hortulus Animas, e talvez não passe de um dos grandes actos da misericórdia divina o facto de es lässt sich nicht lesen.

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Capa do livro O Homem da Multidão
Páginas: 11
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Os capítulos deste livro:
O homem da multidão 1