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Capítulo 1: Uma descida no «Maelström»

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Quando vem a maré, a corrente lança-se para terra entre Lofoten e Moskoe com tumultuosa rapidez, mas o rugido do seu impetuoso refluxo para o mar é tal que nem o das mais fragorosas e tremendas cataratas se lhe pode quase comparar; o ruído ouve-se a várias léguas de distância e os turbilhões ou abismos são de tal modo vastos e profundos que, se um navio for colhido pela sua atracção, é inevitavelmente sugado e levado para o fundo, onde se desfaz em pedaços contra as rochas; e, quando as águas amainam, os seus destroços são devolvidos à superfície. Porém, estes intervalos de bonança verificam-se apenas no virar do fluxo medo refluxo da maré e com tempo calmo, durando apenas um quarto de hora, após o que a mesma violência ressurge gradualmente. Quando a corrente é mais impetuosa e a sua fúria é acrescida pela tempestade, é perigosa a aproximação a menos de uma milha norueguesa. Barcos, iates e navios têm sido absorvidos por não se precaverem antes de serem atingidos pela sua atracção. Da mesma maneira, sucede frequentemente as baleias aproximarem-se demasiado da corrente e serem subjugadas pela sua violência; quando tal acontece, é impossível descrever os uivos e rugidos que soltam ao lutarem baldadamente por se libertarem. Certa vez um urso, tentando atravessar a nado de Lofoten para Moskoe, foi apanhado pela corrente e arrastado para o fundo, soltando rugidos tão terríveis que se ouviam em terra. Grandes troncos de abetos e pinheiros, após terem sido tragados pela corrente, surgem de novo à tona da água tão quebrados e dilacerados que se diria terem-lhes nascido espinhos. Isto demonstra claramente que o fundo é constituído por rochas aceradas, entre as quais os objectos são forçados a rodopiar para um lado e para outro.

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Capa do livro Uma descida no Maelstrom
Páginas: 23
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Os capítulos deste livro:
Uma descida no «Maelström» 1