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Capítulo 6: CAPÍTULO VI

Página 46
Vocês não seriam capazes de negar-nos o repouso, camaradas, seriam? Vocês não desejariam ver-nos tão cansados que não pudéssemos cumprir nossa missão, não? Será que alguém quer Jones de volta?

Os animais tranquilizaram-no a esse respeito e não se falou mais no fato de os porcos dormirem nas camas da casa. E quando se anunciou, alguns dias depois, que os porcos passariam a levantar-se, de manhã, uma hora mais tarde do que os outros bichos, ninguém se queixou disso também.

Ao chegar o outono, os animais andavam cansados, mas felizes. Haviam tido um ano difícil, e após a venda de uma parte da safra de feno e de trigo, os estoques para o inverno não eram lá muito abundantes, mas o moinho de vento compensava tudo. Já estava quase pela metade. Após a colheita houve um período de tempo bom e os bichos trabalharam mais do que nunca, satisfeitos com a tarefa de andarem para lá e para cá puxando blocos de pedras, desde que com isso conseguissem fazer a parede subir mais alguns centímetros. Sansão chegava a trabalhar de noite, uma hora ou duas, por sua conta, à luz da lua. Nas horas de folga os animais passeavam em volta do moinho inacabado; admirando a solidez e a verticalidade de suas paredes, maravilhados com o fato de terem sido capazes de construir algo tão imponente. Somente o velho Benjamim se recusava a entusiasmar-se com o moinho de vento, embora, como sempre, não fizesse outro comentário além do enigma de que os burros vivem muito tempo.

Novembro chegou, com fortes ventos de sudoeste. Foi preciso interromper a construção, pois o tempo estava húmido demais para a mistura de cimento. Finalmente, houve uma noite em que a tormenta foi tão forte que os galpões da granja tremeram na base e várias telhas do celeiro foram arrancadas.

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Capa do livro O Triunfo dos Porcos
Páginas: 94
Página atual: 46

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CAPÍTULO I 1
CAPÍTULO II 9
CAPÍTULO III 17
CAPÍTULO IV 24
CAPÍTULO V 30
CAPÍTULO VI 40
CAPÍTULO VII 49
CAPÍTULO VIII 60
CAPÍTULO IX 73
CAPÍTULO X 84