Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 8: CAPÍTULO VIII

Página 71
Ao que parecia, nenhum porco estava de pé. Eram quase nove horas quando apareceu Garganta, vacilante e deprimido, com os olhos embaçados o rabicho mole, com um aspecto seriamente doentio. Chamou todo mundo e disse que tinha péssimas notícias para dar. O Camarada Napoleão estava à morte!

Ouviu-se um grito de lamento Colocaram palha fora da porta da casa e os animais entraram pé ante pé. Com lágrimas nos olhos, perguntavam-se que seria deles se o Líder faltasse. Correu o boato de que Bola-de-Neve afinal conseguira envenenar a comida de Napoleão. As onze, Garganta saiu de novo para fazer outra proclamação. Como último ato sobre a terra, o Camarada Napoleão expedira o seguinte decreto: a ingestão de álcool seria punida com a morte.

Já à noite, Napoleão parecia um pouco melhor e na manhã seguinte Garganta pôde anunciar sua franca recuperação. Na tarde desse dia Napoleão voltou à atividade e no dia seguinte soube-se que dera instruções a Whymper para comprar, em Willingdon, alguns folhetos sobre fermentação e destilação. Uma semana depois, Napoleão deu ordem que fosse arado o pequeno potreiro atrás do pomar, anteriormente destinado ao repouso dos animais aposentados. Espalhou-se que a pastagem estava cansada e necessitava de uma nova semeadura, porém logo se soube que Napoleão pretendia semeá-la com cevada.

Mais ou menos nessa época, aconteceu um incidente que nenhum dos bichos pôde compreender. Certa noite, à meia-noite mais ou menos, ouviu-se um ruído de queda no pátio e os animais correram de suas baias para ver o que sucedera. Era uma noite de lua. Ao pé da parede do fundo do grande celeiro, na qual estavam escritos os Sete Mandamentos, encontraram uma escada quebrada em dois pedaços. Garganta, momentaneamente aturdido, jazia estatelado junto a ela, tendo ao lado uma lanterna, uma brocha e uma lata de tinta branca, entornada.

<< Página Anterior

pág. 71 (Capítulo 8)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Triunfo dos Porcos
Páginas: 94
Página atual: 71

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CAPÍTULO I 1
CAPÍTULO II 9
CAPÍTULO III 17
CAPÍTULO IV 24
CAPÍTULO V 30
CAPÍTULO VI 40
CAPÍTULO VII 49
CAPÍTULO VIII 60
CAPÍTULO IX 73
CAPÍTULO X 84