Capítulo 1: Capítulo 1
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Mentir para o aprimoramento do jovem, que é a base da educação domiciliar, ainda sobrevive entre nós, e suas vantagens estão tão admiravelmente colocadas à frente nos primeiros livros da República de Platão que é desnecessário se estender sobre elas aqui. É um modo da mentira para o qual todas as boas mães têm peculiares capacidades, mas é capaz de ainda mais desenvolvimento, e tem sido tristemente deixado de lado pelo Conselho Escolar. Mentir por um salário mensal é certamente bem conhecido na Rua Fleet, e a profissão de escritor-líder político tem suas vantagens. Mas é dito ser uma ocupação um tanto enfadonha, e certamente não leva a muito além de um tipo de ostentosa obscuridade. A única forma da mentira que é completamente acima de reprovação é mentir por benefício próprio, e o maior desenvolvimento disso é, como já apontamos, a Mentira na Arte. Assim como aqueles que não amam Platão mais que a Verdade não podem passar da entrada da Academia, também aqueles que não amam a Beleza mais que a Verdade não conhecem o mais íntimo santuário da Arte. O sólido e frio intelecto britânico jaz nas areias desérticas como a Esfinge no magnífico conto de Flaubert, e a fantasia, La Chimere, dança em volta, e o chama com sua voz falsa, de tom mavioso. Ele pode não a ouvir agora, mas com certeza um dia, quando estivermos todos mortos de tédio com o personagem lugar-comum da ficção moderna, irá escutá-la e tentar pegar emprestadas suas asas. “E quando esse dia amanhecer, ou o pôr-do-sol avermelhar-se, quão felizes não ficaremos! Fatos serão considerados sem credibilidade, a Verdade será encontrada de luto por seus grilhões, e o Romance, com seu temperamento de maravilha, voltará à Terra.
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Páginas: 42
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