A Sra. Oliphant tagarela agradavelmente sobre curas, jogos de tênis, domesticidade, e outras coisas tediosas. O Sr. Marion Crawford se sacrificou sobre o altar de cor local. Ele é como a dama na comédia francesa que vive falando do «le beau ciel d’Italie» (
o belo céu de Itália). Além do mais, ele caiu no mau hábito de proferir chavões morais. Ele está sempre nos dizendo que ser bom é ser bom, e que ser mau é ser cruel. Às vezes ele é quase edificante. Robert Elsmere (
romance escrito por Mary Augusta Arnold, mais conhecida por Sr.ª Humphry Ward ) é, claro, uma obra-prima – uma obra-prima do «
genre ennuyeux», a única forma de literatura que o povo inglês parece realmente apreciar. Um atencioso amigo nosso nos disse uma vez que o lembrava do tipo de conversa passada num chá na casa de uma família Inconformista séria, e nós bem podemos acreditar. Realmente só na Inglaterra tal livro podia ser produzido. A Inglaterra é o lar das ideias perdidas. Quanto àquela grande e diariamente crescente escola de romancistas para a qual o sol sempre se levanta no East-End, a única coisa que pode ser dita sobre eles é que encontram a vida verde, e a deixam crua.”
“Na França, ainda que nada tão deliberadamente tedioso como Robert Elsmere tenha sido produzido, as coisas não vão muito melhor. O Sr. Guy de Maupassant, com sua afiada ironia mordaz e seu estilo difícil e vívido, despe a vida dos poucos trapos que ainda a cobrem, e nos mostra chagas fétidas e feridas supuradas. Ele escreve pálidas tragediazinhas nas quais todos são ridículos; comédias amargas das quais não se pode rir por muitas lágrimas. O Sr. Zola, verdadeiro ao elevado princípio que ele nos apresenta em um de seus pronunciamentos sobre literatura, L’homme de genie n’a jamais d’esprit, está determinado a mostrar que, se ele não tem gênio, pode pelo menos ser chato.