Ao fundo, à sombra de um majestoso carvalho, estava um grupo de estranha gente. Uma das pessoas era uma mulher, a nossa cliente, quase demasiada, com um lenço na boca. Ao seu lado estava um jovem de aspecto brutal, de rosto grosseiro e com um bigode ruivo. As suas pernas envoltas em perneiras estavam afastadas e tinha uma mão na anca. Com a outra brandia um pingalim, e toda a sua atitude indicava a bravata do triunfo. No meio, estava um homem idoso de barba grisalha, com uma pequena batina sobre o fato de fazenda leve, e era evidente que acabara de celebrar a cerimónia de matrimónio, pois meteu o missal na algibeira no instante em que aparecemos e congratulava o sinistro noivo com uma palmada nas costas.
- Estão casados? - perguntei.
- Vamos! - exclamou o nosso guia. - Vamos! - Atravessou a clareira a correr, com Holmes e eu na sua peugada. Ao aproximarmo-nos, a jovem cambaleou contra o tronco da árvore, procurando apoio. Williamson, o ex-padre, cumprimentou-nos baixando a cabeça num gesto de troça, e o rufião, Woodley, avançou para nós com um riso brutal e exultante.
- Já pode tirar a sua barba, Bob - disse. - Reconheço-o sem dificuldade. Bom, o senhor e os seus amigos chegaram mesmo a tempo de eu vos apresentar a Srª Woodley.
A resposta do nosso guia a isto foi curiosa. Arrancou a barba negra com que se disfarçara e atirou-a ao chão, mostrando um rosto longo, moreno e bem barbeado. Depois, ergueu o revólver e apontou-o ao jovem rufia que avançava para ele brandindo o perigoso pingalim.
- Sim - disse o nosso aliado. - Sou, de facto, Bob Carruthers e vingarei esta mulher nem que acabe na forca. Disse-lhe o que faria se a molestasse e, por Deus, cumprirei a minha palavra.
