Foi igualmente recusado, recebeu uma moeda de ouro, e Holmes mandou-o esperar.
O terceiro candidato era um homem com um ar terrível. O seu rosto feroz assemelhava-se ao focinho de um bulldog e era emoldurado por uma massa de cabelos e barbas. Os seus olhos escuros, de expressão ousada, brilhavam por detrás de sobrancelhas hirsutas. Fez continência e ficou à espera, com o seu jeito de marinheiro, a virar o boné com as mãos.
- O seu nome? - perguntou Holmes.
- Patrick Cairns.
- Lançador de arpão?
- Sim, senhor. Vinte e seis campanhas.
- Dundee, creio!
- Sim, senhor.
- E está disposto a embarcar num navio de explorações?
- Sim, senhor.
- Que salário?
- Oito libras por mês.
- Pode começar a trabalhar imediatamente?
- Assim que for buscar as minhas coisas.
- Tem documentos?
- Sim, senhor. - Tirou um maço de documentos velhos e sebosos da algibeira. Holmes deu-lhes uma vista de olhos e devolveu-lhos.
- Você é exactamente o homem que eu quero - disse. - O contrato está ali naquele mesa. Se o assinar, fica tudo resolvido.
O marinheiro atravessou a sala com passos gingões e pegou na caneta.
- Assino aqui? - perguntou, debruçando-se sobre a mesa. Holmes inclinou-se e passou ambas as mãos por cima do pescoço do homem.
- Basta isto - disse.
Ouvi um clique metálico e um urro que parecia de um touro enfurecido. No momento seguinte, Holmes e o marinheiro lutavam no chão. Era um homem tão possante que, mesmo com as algemas que Holmes tão habilmente lhe colocara nos pulsos, teria rapidamente dominado o meu amigo se eu e Hopkins não corrêssemos a socorrê-lo. Só quando carreguei com o cano do meu revólver na sua fronte é que ele finalmente percebeu que a sua resistência era em vão.