Assim, não posso sorrir perante os seus três bustos partidos, Lestrade, e ficar-lhe-ei muito grato se me comunicar quaisquer novas ocorrências em tão singular cadela de acontecimentos.
As ocorrências que o meu amigo pedira para lhe serem comunicadas deram-se mais depressa e de uma forma infinitamente mais trágica do que se poderia imaginar. Na manhã seguinte, ainda eu estava a vestir-me quando bateram à porta. e Holmes entrou com um telegrama na mão. Leu-o alto:
«Venha imediatamente, 131,. Pitt Street, Kensington.
LESTRADE»
- De que se trata? - perguntei.
- Não sei... pode ser qualquer coisa. Mas suspeito de que seja o desfecho da história das estátuas. Nesse caso, o nosso amigo que parte estátuas já iniciou as suas operações noutra parte de Londres. Há café na mesa Watson, e tenho uma carruagem à porta.
Daí a meia hora, chegámos a Pitt Street, numa zona tranquila por detrás de uma das mais movimentadas áreas de Londres. O nº 131 situava-se num quarteirão de respeitáveis casas, mas o menos românticas possível. Ao aproximarmo-nos, vimos o gradeamento à frente da casa apinhado de uma multidão curiosa. Holmes assobiou.
- Caramba! Trata-se pelo menos de uma tentativa de homicídio. Só um caso desses é que faria parar um moço de recados de Londres. Os ombros ligeiramente curvos e o pescoço estendido daquele tipo indicam que houve um acto de violência. Que é isto, Watson? Os degraus superiores lavados e os restantes secos. De qualquer forma, há pegadas. Bom, lá está Lestrade à janela da frente. E em breve saberemos do que se trata.
O inspector recebeu-nos com uma expressão muito séria e levou-nos para uma sala de estar onde um homem idoso, extremamente agitado, que vestia um robe de fazenda, andava de trás para diante.