- Então? - perguntou Lestrade.
Holmes encolheu os ombros.
- Ainda temos um longo caminho a percorrer - disse. – E, no entanto... no entanto... bom… já temos alguns factos sugestivos em que basearmos o nosso trabalho. A posse deste busto insignificante era de maior valor aos olhos do estranho criminoso, que uma vida humana. Esse é um ponto. Depois há o facto singular de ele não ter partido o busto dentro de casa ou nas imediações desta, se é que o seu único objectivo era parti-lo.
- Ficou perturbado e assustado ao encontrar o outro tipo. Mal sabia o que fazia.
- Bom, provavelmente assim aconteceu. Mas quero chamar-lhe a atenção para a situação extremamente específica da casa em cujo jardim o busto foi encontrado partido.
Lestrade olhou à sua volta.
- Era uma casa desocupada, portanto, ele sabia que não seria incomodado no jardim.
- Sim, mas há outra casa vazia na rua por onde ele teve de passar até chegar a esta. Por que é que não o partiu aí, dado que é evidente que o risco de encontrar alguém aumentava com a distância que percorria?
- Desisto - disse Lestrade.
Holmes apontou para um candeeiro de iluminação pública mesmo por cima da nossa cabeça.
- Ele aqui podia ver o que estava a fazer e no outro jardim não.
Foi essa a razão.
- Caramba! É verdade - disse o detective.