- Temos de o registar... de o lembrar. Mais tarde poderemos descobrir qualquer coisa que se relacione com ele. Que medidas é que se propõe agora tomar. Lestrade?
- Em minha opinião, a forma mais prática de agir é identificar o morto. Não deve ser muito difícil. Depois de sabermos quem é e quem são os seus amigos, deveremos poder saber o que ele estava a fazer em Pitt Street ontem à noite e quem é que se encontrou com ele à porta do Sr. Horace Harker e o matou. Não acha?
- Sem dúvida e, no entanto, não seria essa a forma de eu abordar o caso.
- Então, que é que faria?
- Ora, não deixe que eu o influencie. Sugiro que siga a sua ideia e eu a minha. Depois, podemos comparar resultados e uns completarão os outros.
- Muito bem - respondeu Lestrade.
- Se regressar a Pitt Street pode falar com o Sr. Horace Harker. Dizia-lhe da minha parte que já tenho uma opinião absolutamente formada e que é certo tratar-se de um perigoso louco homicida, com fixações napoleónicas, quem ontem à noite entrou na casa dele. Esta informação ser-lhe-á útil para o seu artigo.
Lestrade ficou a olhar espantado para Holmes.
- Acredita seriamente nisso?
Holmes sorriu.
- Acha que sim? Talvez de facto não acredite. Mas estou certo de que isso interessará ao Sr. Horace Harker e aos leitores do Central Press Syndicate. Bom, Watson, penso que iremos deparar com um complexo dia de trabalho. Lestrade, gostaria de que fizesse o favor de se encontrar connosco em Baker Street hoje, às seis da tarde. Até lá, gostaria de conservar a fotografia que foi encontrada na algibeira do homem assassinado.