Telegrafei a Overton para que nos informe se alguma coisa se passou em Londres para esta morada e, entretanto, resta-nos centrar a nossa atenção no Dr. Armstrong, cujo nome a simpática senhora dos correios me deixou ler no telegrama urgente de Staunton. Ele sabe onde o jovem está... posso jurá-lo, e se sabe, então a culpa é nossa se também não o conseguirmos saber. Neste momento, temos de admitir que é ele que tem os trunfos, mas, como sabe, Watson, não é meu hábito deixar que o jogo fique assim.
E, no entanto, no dia seguinte não estávamos mais perto da solução do mistério que na véspera. Depois do pequeno-almoço, foi-nos entregue um bilhete que Holmes me passou com um sorriso.
«Senhor,
Garanto-lhe que está a perder tempo em seguir os meus passos. Tenho, como descobriu a noite passada, uma janela na parte de trás da minha carruagem, e se desejar fazer uma deslocação de trinta quilómetros que o levará exactamente ao ponto de partida, basta seguir-me. Entretanto, posso informá-lo de que o facto de me espiar em nada ajudará o Sr. Godfrey Staunton e estou convencido de que o melhor serviço que poderá prestar a esse senhor é regressar imediatamente a Londres e informar o seu cliente de que não conseguiu localizá-lo. Está a desperdiçar o seu tempo em Cambridge.
Atentamente,
LESLIE ARMSTRONG»
- O médico é um opositor franco e honesto - disse Holmes. Bom, isto estimulou a minha curiosidade e tenho de saber o que se passa antes de me ir embora.
- A carruagem está agora à porta dele - disse eu. - Está a entrar. Ao fazê-lo, vi-o olhar para a nossa janela. E se eu tentasse a minha sorte seguindo-o de bicicleta?
- Não, não, meu caro Watson! Com o devido respeito pela sua inteligência natural, não creio que esteja à altura do nosso valoroso médico.
