O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 13: A Aventura da Segunda Mancha Pág. 339 / 363

Bom, se um documento de tal importância foi roubado a essa hora, onde é que estará agora? Ninguém tem qualquer razão para o reter na sua posse. Foi rapidamente enviado a quem precisava dele. Que hipóteses é que temos de nos anteciparmos à sua chegada ou mesmo de o localizar? O documento está fora do nosso alcance.

O primeiro-ministro levantou-se do sofá.

- O que o senhor disse é absolutamente lógico, Sr. Holmes. Sinto, de facto, que o caso nos ultrapassa.

- Vamos supor, apenas como mera hipótese, que o documento foi roubado pela criada ou pelo criado...

- São ambos criados antigos e de total confiança.

- Ao que me disse, o seu quarto fica no segundo andar, não tem qualquer entrada pelo exterior e que dentro de casa ninguém lá poderia ir sem ser visto. Então, foi alguém da casa que o tirou. A quem é que o ladrão o levaria? A um dos vários espiões internacionais ou agentes secretos cujos nomes me são relativamente familiares. Há três que se podem considerar como sendo mestres na sua profissão. Começarei as minhas investigações averiguando se todos eles estão no seu posto. Se um deles estiver ausente... especialmente se desapareceu ontem à noite... teremos uma indicação quanto ao destino do documento.

- Por que é que ele havia de desaparecer? - perguntou o secretário de Estado para os Assuntos Europeus. - O mais provável seria ele levar a carta a uma Embaixada aqui em Londres.

- Creio bem que não. Estes agentes trabalham por conta própria e as suas relações com as Embaixadas são muitas vezes más.

O primeiro-ministro assentiu.

-Creio que tem razão, Sr. Holmes. Entregaria pessoalmente uma coisa tão importante como esta. Acho excelente o que se propõe fazer.





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