No ano passado, vim a Londres ao Jubileu e fiquei numa pensão em Russel Square porque Parker, o pároco da nossa paróquia, estava lá hospedado. Estava lá uma jovem americana... de apelido Patrick... Elsie Patrick. Acabámos por nos tornar amigos e, menos de um mês depois, estava completamente apaixonado por ela. Casámos discretamente na conservatória do registo civil e regressámos a Norfolk sendo já um casal unido pelos laços do matrimónio. Talvez ache uma loucura Sr. Holmes, um homem de tão boa e antiga família casar desta maneira, não sabendo nada acerca do passado ou da família da mulher, mas, se a visse e a conhecesse, compreenderia.
»Elsie foi extremamente franca. Não posso dizer que não me deu todas as oportunidades para me separar dela se eu quisesse. «Tive algumas relações extremamente desagradáveis na minha vida», disse-me ela. «Quero esquecê-las. Nunca faria referência ao passado, pois é-me extremamente doloroso fazê-lo. Se casares comigo, Hilton, casas com uma mulher que não tem nada de que se envergonhe pessoalmente. Mas terás de te contentar com a minha palavra, permitindo-me manter o silêncio acerca de tudo o que se passou na minha vida até me tornar tua mulher. Se estas condições forem demasiado duras para ti, então, regressa a Norfolk e deixa-me continuar a viver a minha vida solitária como quando me encontraste.» Só na véspera do nosso casamento é que ela me disse essas palavras. Eu respondi-lhe que aceitava as suas condições e tenho cumprido a minha palavra.
»Bom, estamos casados há um ano e temos sido muito felizes. Mas há um mês, no final de Junho, deparei com os primeiros indícios do problema. Um dia, a minha mulher recebeu uma carta da América. Vi o selo americano.