O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 4: A Aventura da Ciclista Solitária Pág. 96 / 363

Mas o homem não apareceu. Voltei para trás e olhei para lá da curva Via mais de um quilómetro de estrada, mas ele desaparecera. O que é mais extraordinário é que não há quaisquer acessos à estrada naquela parte pelos quais ele pudesse ter ido.

Holmes riu baixinho e esfregou as mãos.

- De facto, este caso tem características muito próprias – disse. - Quanto tempo passou desde que descreveu a curva e se apercebeu de que a estrada estava deserta?

- Dois ou três minutos.

- Então, ele não podia ter batido em retirada pela estrada. E diz-me que não há quaisquer acessos?

- Nenhum.

- Então decerto que foi por algum carreiro de um ou doutro lado da estrada.

- Não podia ter sido do lado da charneca, senão eu tê-lo-ia visto.

- Então, por exclusão de partes, chegamos à conclusão de que ele se dirigiu para Charlington Hall que, se bem entendi, se situa no meio da propriedade no outro lado da estrada. Mais alguma coisa? - Não. Sr. Holmes, excepto que fiquei tão perplexa que sabia que só me sentiria descansada depois de ouvir a sua opinião.

Holmes ficou em silêncio durante algum tempo.

- Onde é que está o senhor de quem está noiva? - perguntou, finalmente.

- Na Midland Electrical Company, em Coventry.

- Não a visitaria de surpresa?

- Oh, Sr. Holmes! Como se eu não o conhecesse se o visse.

- Tem outros admiradores?

- Tive vários antes de conhecer Cyril.

- E desde essa altura?

- Houve aquele horrível homem. Woodley, se é que se pode dizer que era um admirador.

- Mais ninguém?

A nossa bela cliente pareceu um pouco confusa.

- Quem era ele? - perguntou Holmes.

- Bom, talvez seja uma fantasia minha, mas por vezes pareceu-me que o meu patrão, o Sr.





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