Depois de reiterados pedidos, de repetidas manobras e rogos, Américo Vespúcio concedeu-lhe licença, embora contra vontade, de fazer parte dos vinte e quatro que, no fim da quarta viagem, ficaram na região de Gulike.
O nosso homem encontrava-se agora, de sua própria vontade, entregue a si próprio, no litoral da América, mais interessa do em viajar que preocupado com a morte, tendo sempre de- baixo da língua os provérbios: «Aquele que não tem túmulo tem o Céu por mortalha» e «o caminho para o Céu é o mesmo onde quer que se esteja». Sem a protecção divina, o seu espírito aventureiro ter-lhe-ia custado caro. Depois da partida de Vespúcio, Rafael percorreu, com cinco companheiros, múltiplas regiões e desembarcou por fim em Ceilão; daí seguiu para Calecut, onde inesperadamente conseguiu encontrar um navio português que o trouxe de regresso ao seu país.