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Capítulo 2: Capítulo 2

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e, assim, considera que poucas coisas interessam em latim, com excepção de algumas obras de Séneca e de Cícero. Nasceu em Portugal e deixou aos irmãos os bens que por herança paterna lhe tinham cabido em sorte. Levado pelo desejo de' ver e conhecer as mais longínquas regiões do mundo, juntou-se a Américo Vespúcio e acompanhou-o em três das suas quatro últimas viagens, cujo relato corre mundo. Porém, não o acompanhou de regresso à Europa.

Depois de reiterados pedidos, de repetidas manobras e rogos, Américo Vespúcio concedeu-lhe licença, embora contra vontade, de fazer parte dos vinte e quatro que, no fim da quarta viagem, ficaram na região de Gulike.

O nosso homem encontrava-se agora, de sua própria vontade, entregue a si próprio, no litoral da América, mais interessa do em viajar que preocupado com a morte, tendo sempre de- baixo da língua os provérbios: «Aquele que não tem túmulo tem o Céu por mortalha» e «o caminho para o Céu é o mesmo onde quer que se esteja». Sem a protecção divina, o seu espírito aventureiro ter-lhe-ia custado caro. Depois da partida de Vespúcio, Rafael percorreu, com cinco companheiros, múltiplas regiões e desembarcou por fim em Ceilão; daí seguiu para Calecut, onde inesperadamente conseguiu encontrar um navio português que o trouxe de regresso ao seu país.

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Capítulo 2 8
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