dia se inicia. Nos dias santos, que são os últimos dias do ano ou mês, antes de virem à igreja, as mulheres e as crianças prostram-se aos pés dos maridos e pais, confessando-se culpados quer por delitos ou por não terem cumprido integralmente o seu dever pedindo perdão para a sua falta. Assim se desfazem as perturbações caseiras, para se poderem dirigir aos sacrifícios divinos de espírito puro e cheio de caridade. Têm receio de a eles comparecer com o espírito e a consciência inquieta. Por isso, se têm alguma culpa ou inimizade em relação a outro homem, não querem dirigir-se às celebrações antes de se terem reconciliado e purificado as suas consciências, com temor da vingança e castigos divinos.
Quando entram no templo, os homens dirigem-se ao lado direito da igreja e as mulheres colocam-se à esquerda. Ocupam os seus lugares de modo que os homens de cada família ficam sentados diante do respectivo chefe e as mulheres em frente da esposa. Isto para que os chefes das famílias possam observar o comportamento daqueles que governam. Preocupam-se também que os jovens fiquem colocados entre os mais velhos, para evitar que as crianças, todas juntas, passem o tempo a brincar, em vez de se penetrarem do temor religioso e devoto de Deus, o principal e talvez o único incitamento à virtude.
Os seus sacrifícios não são cruentos, pois pensam que Deus não se compraz no sangue e na morte, pois deu a vida às criaturas para que a vivessem. Queimam incenso e acendem grande número de velas e círios, Sabendo, no entanto, que a natureza divina não necessita de tais coisas, tal como não precisa das orações humanas. Mas agrada-lhes este culto inocente e pacífico. Sentem-se erguidos e encorajados à devoção e cheio o seu coração de fervor, sob a influência das essências, luzes e cerimónias.
