À Memória do Presidente-rei Sidónio Pais - Cap. 1: Capítulo 1 Pág. 10 / 15

Vivemos só de recordar.

Na nossa alma entristecida

Há um som de reza a invocar

A morte vida;

* * *

E um mystico vislumbre chama

O que, no plano trespassado,

Vive ainda em nós, longínqua chamma –

O DESEJADO.

* * *

Sim, só há a esp’rança, como aquella

- E quem sabe se a mesma? – quando

Se foi de Aviz a ultima estrella

No campo infando.

* * *

Novo Alcacer-Kibir na noite!

Novo castigo e mal do fado!

Porque pecado novo o açoite

Assim é dado?

* * *

Só resta a fé, que a sua memória

Nos nossos corações gravou,

Que Deus não dá paga illusoria

A quem amou.





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