- Exactamente - disse Holmes. - Creio que isso só poderá verificar-se se existir total franqueza entre nós. Estou na disposição de o ajudar até ao limite das minhas capacidades, mas tenho de compreender até ao mais ínfimo pormenor todo este caso. Percebo que as suas palavras se referem ao Sr. James Wilder e que ele não é o assassino.
- Não, o assassino fugiu.
Sherlock Holmes sorriu afectadamente.
- Vossa Senhoria certamente não ouviu falar da minha reputação, senão não pensaria que seria assim tão fácil alguém escapar-me. O Sr. Reuben Hayes foi preso em Chesterfield, de acordo com instruções minhas, ontem às onze horas da noite. Recebi um telegrama do chefe da polícia local antes de sair, esta manhã, da escola.
O duque recostou-se na cadeira, fitando o meu amigo com uma expressão de total espanto.
- O senhor parece ter poderes sobre-humanos - disse. - Então Reuben Hayes foi preso? Fico satisfeito em sabê-lo, desde que isso não afecte o futuro de James.
- O seu secretário?
- Não, Sr. Holmes, o meu filho.
Foi a vez de Holmes se mostrar espantado.
- Tenho de confessar que isso é uma novidade para mim. Tenho de lhe pedir que seja mais explícito.