- Não, senhor.
- Iremos agora travar conhecimento com o professor. Eh, Hopkins! Isto é muito importante, mesmo muito importante. O corredor do professor também está atapetado com juta.
- E daí, Sr. Holmes?
- Não vê a relação que isso tem com o caso? Bem, não insistirei. Sem dúvida que estou enganado. E, no entanto, parece-me sugestivo. Venha comigo para me apresentar ao professor.
Passámos pelo corredor que tinha sensivelmente o mesmo comprimento do outro que dava para o jardim. Ao fundo, havia alguns degraus que davam para uma porta. O nosso guia bateu à porta e fez-nos depois entrar no quarto do professor.
Era um quarto muito grande, forrado de estantes com tantos livros que já não cabiam nelas e estavam empilhados nos cantos ou junto às estantes. A cama estava no centro do quarto e nela, recostado em almofadas, o dono da casa. Raras vezes vi uma pessoa com um aspecto tão impressionante. O rosto que se voltou para nós era magro, aquilino, com penetrantes olhos escuros encovados, que eram sombreados por sobrancelhas espessas e hirsutas. O cabelo e a barba eram brancos, excepto que esta estava curiosamente manchada de amarelo à volta da boca. Um cigarro brilhava no meio dos pêlos brancos emaranhados e o ar do quarto estava saturado do cheiro fétido de tabaco. Quando o professor estendeu a mão a Holmes, vi que que esta também estava manchada de nicotina.
-Sr. Holmes, o senhor é um fumador? - disse ele num inglês cuidadosamente correcto, mas com um curioso sotaque. - Por favor, aceite um cigarro. E o senhor? Recomendo-os, pois mando-os preparar especialmente para mim a Ionides, de Alexandria. Manda-me mil de cada vez e lamento dizer que tenho de fazer nova encomenda ao fim de duas semanas.