Primaveras Românticas - Cap. 1: Duas Palavras (Prefácio do Autor) Pág. 3 / 118

O passado tem uma como que existência de além-túmulo: tem também os seus direitos sagrados. Deorum manium jura sancta sunto. Os manes sagrados de cada coração são os sentimentos sinceros que já ali habitaram e viveram. A religião espiritual marca-lhes um culto particular.

 

Depois, desse passado de ingénua e quase sublime ilusão, há ainda um ensino prático, imediato, a extrair para a vida real, para a vida da acção e da justiça. Essas ilusões como que nos estão dizendo de contínuo, na sua linguagem misteriosa: «Fostes crianças: sois já homens. Pois sede agora homens tão lealmente, tão completa e resolutamente como então soubestes ser crianças. Ponde nas acções fortes a alma, o ardor intrépido que pusestes nos sentimentos apaixonados... e não teremos existido debalde!»

 





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