Odisseia - Cap. 2: Telémaco e os Pretendentes Pág. 6 / 129

E não só o enchiam com o ruído dos seus jogos e discussões - cada um julgando-se mais digno do que os outros da mão de Penélope - como ainda comiam, bebiam e vestiam-se à custa dos forçados hospedeiros, delapidando a fortuna de Telémaco, criança demais para podê-los expulsar da sua casa.

O tempo arrastava-se tristemente para a mulher e para o filho de Ulisses. Mas Telémaco, ano após ano, ia-se fazendo homem, e de fraco e Inocente que fora tornava-se um rapaz decidido e forte, e sempre com a saudade do pai a torturar-lhe o coração. Um dia apareceu-lhe a deusa Minerva - protectora de Ulisses - e incitou-o a que não continuasse ali sem tentar procurar o pai. Que fosse perguntar por ele a Nestor, um dos antigos combatentes do cerco de Tróia, dizia.

Mentor, velho companheiro e amigo de Ulisses, que habitava Ítaca, instigou-o também a que partisse. Uma bela madrugada, lá vai Telémaco para a cidade de Pilos, cujo rei era o próprio Nestor; e, depois de ter ouvido as informações que este lhe forneceu, seguiu, acompanhado de um dos filhos de Nestor, Pisístrato, para o reino de Menelau.





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