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Capítulo 2: Acto Segundo

Página 55
O servo, acabada a obra, deixaram-no morrer ao desamparo, sem lhes importar com isso… Quem sabe se folgaram? Podia pedir-lhes uma esmola, escusavam de se incomodar a dizer que não.

MARIA

(com entusiasmo)

- Está no céu. Que o céu fez-se para os bons e para os infelizes, para os que já cá da terra o adivinharam! Este lia nos mistérios de Deus; as suas palavras são de profeta. Não te lembras o que lá diz do nosso rei D. Sebastião?… Como havia de ele então morrer? Não morreu (mudando de tom). Mas o outro, o outro… quem é este outro, Telmo? Aquele aspecto tão triste, aquela expressão de melancolia tão profunda… aquelas barbas tão negras e cerradas… e aquela mão que descansa na espada, como quem não tem outro arrimo, nem outro amor nesta vida…

TELMO

(deixando-se surpreender)

- Pois tinha, oh! se tinha…! (Maria olha para Telmo, como quem compreendeu, depois torna a fixar a vista no retrato: e ambos ficam diante dele como fascinados.

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pág. 55 (Capítulo 2)

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Capa do livro Frei Luís de Sousa
Páginas: 122
Página atual: 55

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Acto Primeiro 1
Acto Segundo 44
Acto Terceiro 86